domingo, 11 de outubro de 2015

Dia 3 - Princesas


O terceiro filme escolhido foi Princesas

Ficha técnica:
Título Original: Princesas
País: Espanha
Ano: 2005
Gênero: Drama
Direção: Fernando Léon de Aranoa
Elenco:Candela Peña, Micaela Nevárez, Mariana Cordero, Llum Barrera, Violeta Pérez
Monica Van Campen, Flora Àlvarez


O filme Princesas aborda um tema sempre história humana, mas que, por incrível que pareça ainda é um tabu na sociedade: a prostituição. Centrado na figura de Caye (Candela Peña) , uma prostituta espanhola, o filme busca mostra todas as dificuldades enfrentadas pela personagem em virtude da profissão que escolheu. O núcleo familiar é abordado desde o início do filme, evidenciando a situação desconfortável da personagem em esconder sua profissão de seus irmãos. A relação profissional versus relação afetiva também explorada pelo diretor, na medida em que a protagonista tenta uma busca fracassada por alguém que a realmente ame. Frases interessantes são colocadas ao longo do enredo, notadamente quanto ao fato de a personagem sentir nostalgia de situações que ela pensava iria acontecer, mas não ocorrem. A "nostalgia para o futuro" mostra o estado infeliz da personagem que não tem boas memórias do passado e vê a todos os momentos suas expectativas sendo quebradas. O tema da imigração é abordado por meio da prostituta dominicana Zulema, que é obrigada a se submeter a situações deploráveis em busca de uma prometida legalização no país. Alvo de um preconceito inicial por parte de Caye, Zulema acaba se aproximando  da protagonista e, juntas, acabam construído uma importante amizade que as ajuda a sobreviver em um meio tão árido.     


domingo, 27 de setembro de 2015

Dia 2 - Alta Fidelidade


O próximo filme escolhido pelo grupo foi Alta Fidelidade, baseado no romance de mesmo nome do escritor britânico Nick Hornby.


Ficha técnica
Título Original: Hight Fidelity
País: Estados Unidos/Reino Unido
Gênero: Comédia e Drama
Ano: 2000
Diretor: Stephen Frears
Elenco: John Cusack, Iben Hjejle, Todd Louiso, Jack Black.



O filme é narrado pelo próprio protagonista, Rob Gordon (John Cusack), um dono de loja de discos, e tem como mote a sua dificuldade em manter relacionamentos amorosos. No início do filme, o narrador-personagem pretende relatar os maiores cinco foras de sua vida, partindo do pressuposto que o fracasso do relacionamento é atribuído sempre a sua parceira. E não poderia ser diferente, na medida em que se trata de um personagem bastante egocêntrico e arrogante, o que dificulta a reflexão sobre a próprias atitudes. Observa-se também a insegurança do personagem em relação a si próprio, o que acaba sempre gerando reações exageradas e descontroladas, mostrando um comportamento constantemente desiquilibrado. No entanto, no curso da trama, pode-se dizer que o personagem amadurece,  aprendendo a lidar com as suas inseguranças, dando a entender que, finalmente, será capaz de manter um relacionamento sadio. O destaque do filme vai para a trilha sonora que visa externalizar para o espectador a opção de trabalho do protagonista, sendo inúmeras as passagens de diversos trechos de músicas de rock. Jack Black, que interpreta Barry, um assistente de Rob na loja de discos, contribui para dar um aspecto cômico ao filme.



sábado, 25 de julho de 2015

Dia 1 - Mary & Max



Hoje foi dado início à abertura de sessões do Clube dos Cinco, grupo criado com a proposta de discutir e analisar as mais diversas questões abordadas nos filmes escolhido por um dos participantes do grupo.

O filme escolhido foi a animação australiana "Mary & Max", que estreou no Festival de Sundance de Cinema em 09 de abril de 2009.



Ficha técnica

Título Original: Mary and Max
País: Austrália
Gênero: Animação, Comédia e Drama
Ano: 2009
Diretor: Adam Elliot
Elenco: Toni Collette - Voz de Mary Daisy Dinkle quando adulta; Philip Seymour Hoffman - Voz de Max Jerry Horovitz;


Com noventa minutos de duração, o filme consegue abordar uma série de temas, como depressão, aceitação, auto-estima, bullying, síndrome de asperger, imperfeições humanas e amizade. 

O filme aborda dois personagens claramente infelizes com as situações em que se encontram e vêem na amizade uma válvula de escape do mundo cruel que lhes é posto. Mary, de oito anos, é vítima de bullying na escola, sem amparo familiar, e com uma marca de nascença que destrói sua auto-estima. Max, na faixa de 40 anos de idade, tem síndrome de asperger, não entende a lógica do mundo, é inseguro e resolve sua ansiedade por meio da gula. O ponto central da trama gira justamente na importância da amizade, como elemento preenchedor da vida do ser humano, como forma inclusive de sobrevivência. Ambos os personagens entram em aguda crise ao se deparar com a perda da concreta amizade que construíram, algo que somente vai se recompor nos momentos finais do filme, quando Max perdoa a amiga pelo seu erro imaturo, dando-se conta que também é imperfeito, assim como todos os seres humanos. A cores utilizadas no filme são um dos destaques. O ambiente de Mary é sempre mostrado na cor marrom, sua cor favorita, sem muita vida e expressão, o que simboliza sua vida depressiva. Já as cenas de Max são no preto e branco, sem qualquer estímulo visual, havendo o colorido apenas quando recebe as fotos de sua amiga, o que mostra mais um simbolismo com a questão da amizade. Destaques vão também para a trilha sonora do filme, Perpetuum Mobile - Penguin Cafe Orchestra (música que você está ouvindo), e para cena de iminente suicídio de Mary ao som de "Que Sera, Sera". 




                                                        Cena da tentativa suicídio de Mary


Para uma crítica mais aprofundada conferir a review do blog com e sem limão: https://comgeloesemlimao.wordpress.com/2015/07/31/mary-e-max-uma-amizade-diferente-mary-and-max-australia-2009/